Calendário de Eventos Ambientais no Entorno do Parque Estadual do Rio Doce

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O Perd pede ajuda!

Em setembro de 1993, ocorreu um grande incêndio no Parque Estadual do Rio Doce, no município de Timóteo, onde foram queimados mais de 100 hectares de vegetação típica de Mata Atlântica. Foram necessários mais de 30 dias para extinção do fogo. Agora esta tragédia se repete. Um incêndio de grandes proporções atingiu a unidade de conservação domingo por volta das 9h nas proximidades do bairro Alphavile, em Timóteo. O tempo seco facilitou que as chamas, iniciadas em uma área rural conhecida como Rocinha, chegasse até a unidade de conservação e se espalhasse rapidamente pela Mata Atlântica. Os mais de 100 dias sem chuva na região e o vento intenso fez com que as chamas se espalhassem rapidamente. Foram destruídos 38 hectares de mata Atlântica.

Duas situações ocorridas em épocas diferentes e que causaram considerável perda da biodiversidade da floresta atlântica lacustre presente no Parque do Rio Doce, tiveram origem em Timóteo onde a área urbana avança, cada vez mais, sobre a unidade de conservação.

A Fundação Relictos vem cobrando há muito tempo providencias para conter esta ameaça ao Parque do Rio Doce: “A urbanização dos bairros limítrofes ao Parque na cidade de Timóteo-MG como o Limoeiro e Macuco também constituem constante ameaça pela presença muito próxima destas comunidades. Hoje nesses locais agravam-se os problemas sanitários e sociais: surtos de doenças endêmicas, drenagem e ocupação de córregos e invasões resultantes da densa ocupação humana incrustada no entorno do Parque Estadual do Rio Doce. Populações que nem sequer imaginam qual seja o significado de uma zona de amortecimento para uma reserva natural.” Estas ocupações similares as ocupações de encostas sujeitas a deslizamentos e as margem de cursos d’água sujeitas a inundações precisam ser urgentemente corrigidas. Não é mais possível adotar medidas paliativas e não atacar o problema de frente.

O Parque do Rio Doce, por enquanto a maior reserva de Mata Atlântica de Minas Gerais, pede ajuda.


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